Baiana de Acarajé - Foto de divulgação
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Costumam dizer que o “acarajé” é hambúrguer de baiano, mas, ao que tudo indica vamos ter nos contentar – pelo menos na Arena Fonte Nova - a comer o sanduíche gringo. Isto porque, apesar de se dizer sensível à revindicação das baianas de acarajé em terem garantido o direito de vender seus quitutes na Copa das Confederações e no Mundial de 2014, o governo baiano não apresentou nada de concreto que venha tranquilizar ou desiludir de uma vez por todas a categoria.
Para reafirmar a indignação pela não autorização da FIFA em deixar que as iguarias mais famosas da Bahia sejam vendidas no interior e nos arredores da praça esportiva, é que a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, realizou nesta sexta-feira(05) um ato simbólico na entrada do estádio durante a inauguração oficial da praça esportiva, com a presença do governador Jacques Wagner, a presidente Dilma Roussef e demais autoridades.
Arena Fonte Nova - Foto de divulgação |
Baiana de acarajé e o quitute : patrimônios imateriais
Desde outubro do ano passado (2012), as baianas de acarajé tornaram-se Patrimônio Imaterial da Cultura Baiana. Este título fez justiça à mulher que abraçou uma atividade econômica que sustenta famílias e ajuda manter vivo esse traço da cultura ancestral vinda da África. Apesar do tabuleiro da baiana ser repleto de deliciosas iguarias, como Bolinho de Estudante, Abará, Queijadas branca e preta, Passarinha e Lelê, o Acarajé é o principal atrativo que seduz baianos e turistas que não resistem ao cheiro e ao sabor exótico do bolinho feito de feijão fradinho.
O Acarajé é um bolinho natural do candomblé. A origem da palavra composta é iorubá: “acara” = bola de fogo + Jé (comer) = “Comer bola de fogo”. A sua origem está de acordo com o mito que explica a relação dos orixás Xangô e suas esposas, Oxum e Iansã. O quitute é considerado a principal oferenda a essas divindades. O acarajé tornou-se patrimônio imaterial brasileiro em 2005, por conta da sua importância na gastronomia brasileira, em especial a baiana.
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