No decorrer
deste domingo terrível não só para as famílias e vitimas do incêndio na Boate
Kiss( Santa Maria- RS), mas para todos nós brasileiros, informações foram
chegando de toda parte. Quando um acidente destas proporções acontece e da
forma como ocorreu, várias questões surgem.
Em nossa
postagem inicial, tivemos o cuidado de não emitir opinião alguma sobre os
possíveis responsáveis, porém algumas perguntas insistem em não querer calar:
- A boate, segundo o Comando do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, estava com o alvará do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio vencido desde agosto de 2012. Se esta era a atual situação diante do órgão público, porque que a prefeitura não impediu o funcionamento da casa noturna?
- Durante o tumulto, de acordo com relatos, não se ouviu uma sirene de aviso de incêndio, o extintor que ficava no palco não funcionou quando o segurança Rodrigo Moura tentou debelar as chamas. Porque esses dispositivos não estavam funcionando?
- Se boa parte do material era feito de compostos inflamáveis, porque então, a direção da casa noturna permitia apresentações com o uso de efeitos pirotécnicos?
- A equipe de funcionários de plantão na boate estava preparada para esse tipo de adversidade?
- Porque numa situação desta, com o pretexto de evitar o calote, seguranças impediram pessoas de sair da boate antes de pagar? E mais, porque só tinha uma porta da saída de emergência é ainda assim tão estreita? À título de curiosidade, uma porta para esta finalidade, precisa ter, no mínimo a medida de: 1,60 x 2,10.
É lógico,
que uma investigação minuciosa terá que acontecer e ser conduzida com muito
equilíbrio e isenção, doa a quem doer. Mas, até quando o brasileiro será tão
tolerante com irregularidades que podem representar um risco iminente de morte?
Na maioria
dos casos de acidentes a causa determinante é sempre a imprudência, mas ao que
parece as pessoas acham que a erva daninha só dá no jardim do vizinho.
Polícia
prende sócio de boate e integrantes da banda Gurizada Fandangueira
Os
desdobramentos do acidente que vitimou mais de 231 jovens, a maioria com idades entre 16 e
20 anos, na cidade de Santa Maria(RS), durante a madrugada deste
domingo(27) já começam a acontecer. Na manhã de hoje(28), Elissandro Callegaro
Spohr(Kiko) , um dos donos da boate Kiss e dois integrantes da banda, dentre
eles o cantor, responsável pelo acionamento do sinalizador- estopim para o
sinistro- foram detidos pela polícia local. De acordo com Antonio Firmino Neto,
um dos delegados do caso, os músicos admitem ter usado os efeitos pirotécnicos,
mas tentam se livrar da responsabilidade pelo caso.
Agora a
pouco, o segundo sócio da boate, que já tinha a prisão temporária decretada, se
apresentou à polícia. Mauro Hoffman, que estava desaparecido foi até a
Delegacia Regional de Santa Maria para prestar depoimento, sobre o ocorrido. A
prisão temporária de 5(cinco) dias dos envolvidos foi decretada pelo Juiz Regis
Adil Bertolin.
Depois da
tragédia, a Sucom vai intensificar vistorias em Salvador
Na manhã desta segunda(28), o prefeito de Salvador, ACM Neto determinou
que a Sucom(Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo) realize
uma inspeção em todas as casas de espetáculo da capital baiana. A medida tem o
objetivo de fiscalizar os estabelecimentos, afim de verificar se as normas de segurança
estão sendo cumpridas.
A ação da autarquia vinculada à Secretaria Municipal de Urbanismo e
Transporte, também será verificada nos camarotes que estão sendo montados para
o carnaval 2013.
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